作词 : Daniel Ferreira 作曲 : Diego Sousa [Intro] Suposições Toda gente já teve uma história destas Eu sei que já viveste uma coisa destas [Verso 1] Nunca falamos mas Conheço bem quase todas as feições [?] e preenchem nas perfeitas linhas Que te contornam, minhas Quentes ou frias não interessa Só sei que tenho de sair à pressa Encontro marcado sem ser combinado Sem a mesma intenção E ter leve conversa E lá 'tou eu, parece promessa Em frente à igreja À porta de casa O ritual habitual, ser pontual Na paragem à hora marcada Chego antes, como sempre [?] escorre ao ver-te [?] Sedento por partilhar, apreciar E poder aproveitar o momento E tu atrasada, como é rotina Toda imponente a virar a esquina No autocarro que se destina à Boavista Entro com passo lento, passo a passo E tento prender-te na vista Peço licença com jeito [?] amor perfeito De modo a que a musa inspire o artista Com o cabelo suave e incerto Olhar sensual e pele que fascina Pecado carnal que Deus não desenha E nem o diabo imagina E [?] a tua beleza viciou-me a retina Imprópria como obra de Pessoa [?] Goa, leva-me à Índia Será que me tocas como eu te toco Sem contacto e se me focas Sem contar motivo pelo qual se toca ao ver Dois sentidos em ter-te por perto Longe de mim dizer-te que anseio Por meio de ter-te a sós De ter-te Só por instantes, nós podemos funcionar eu sinto Mas a culpa és tu, sinto Porque me intimidas e eu minto Conto desinteresse em cada gesto teu Mas acredita, morra eu Se Roma ao contrário não disser amor Se eu for vigário, [?] olhar por favor Olha-me nos olhos Eu estou a dispor o que sinto Por mais absurdo que seja [Refrão] Só te vejo assim De modo bizarro Imaginar como beijas Romance de autocarro Só te vejo assim Por um reflexo de vidro Com o olhar embebido A desejar estar contigo Só te vejo assim De modo bizarro Imaginar como beijas Romance de autocarro Só te vejo assim Por um reflexo de vidro Com o olhar embebido A desejar estar contigo [Verso 2] Mas chegamos ao ponto em que sais Sem um adeus, até já ou um até mais [?] nunca chegaste a perceber Mas vou te dizer o porquê de eu ter Uma expressão triste na cara Em função de chegarmos a Campo Alegre O momento da viagem que nos separa E onde o meu campo de visão te perde Meu [?] seja diferente Como um indício da gente Falar os dois frente a frente Será porque tu nada sentes o Porque eu nada tenso Tímido por dentro À espera que o tempo revele o que ninguém mostrou [?] outro, já 'tou louco Por querer tudo de ti Não se aprende nem um pouco Até [?] Tu chegas a horas [?] me olhas Sentada na ponta Convidas para o lugar vago ao teu lado Hoje está deserto o autocarro [?] mas nem 'tou interessado Nem sei quantas vezes quis estar aqui sentado Sabes meu nome, morada e idade Ex-namorada e a faculdade Pergunto-te como Fontes não se revelam Sim é verdade e nem me interessam E confesso que já [?] Tropeça um acaso que nos deu um caso Teu pescoço agarro Lábio com lábio Guiados por instinto, sem astrolábio Passamos a língua Com aquela ginga Gemes-me ao ouvido e dizes que és minha Toque, arrepio Tocas-me e [?] sinto Por mais [?] Sentes que dispertam os indícios [?] Sa fodam princípios Encaixamos Se o condutor olhar pelo retrovisor Amor tu importas-te? Não Dizem que o olhar contente Gosto desse teu rosto convincente Faz com que eu me concentre (mais) Sente, não pares Assim, aumenta, aguenta, dás? Dou Vens? Vou [?] Chegamos ao mesmo tempo (Ou! Acorda! O senhor adormeceu, chegamos ao fim de linha. Autocarro já chegou ao fim de linha, tem de sair daqui é a última paragem.) [Refrão] Só te vejo assim De modo bizarro Imaginar como beijas Romance de autocarro Só te vejo assim Por um reflexo de vidro Com o olhar embebido A desejar estar contigo Só te vejo assim De modo bizarro Imaginar como beijas Romance de autocarro Só te vejo assim Por um reflexo de vidro Com o olhar embebido A desejar estar contigo