Pra que sonhar A vida é tão desconhecida e mágica Que dorme às vezes do teu lado Calada Calada Pra que buscar o paraíso Se até o poeta fecha o livro Sente o perfume de uma flor no lixo E fuxica Fuxica Tantas histórias de um grande amor perdido Terras perdidas, precipícios Faz sacrifícios, imola mil virgens Uma por uma, milhares de dias Ao mesmo Deus que ensina a prazo Ao mais esperto e ao mais otário Que o amor na prática é sempre ao contrário Que o amor na prática é sempre ao contrário Ah, pra que chorar A vida é bela e cruel, despida Tão desprevenida e exata Que um dia acaba